erikson veríssimo

sangue. 2021

óleo sobre papelão

25 x 25 cm

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Sangue” é um autorretrato, mas não se refere apenas ao artista — convoca uma dimensão coletiva. É um corpo, mas também são muitos. Construída apenas com pigmentos vermelho e preto, a imagem não busca representação fiel, mas evocação. O sangue aqui é uma tentativa de encontrar, sob a superfície, aquilo que há de comum em todos os corpos.

A escolha de restringir os pigmentos radicaliza a busca por uma imagem essencial. Não há pele — há o que está sob ela. A obra recusa os marcadores visíveis e convida a ver o corpo como lugar de experiência, não de separação.